De acordo com a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), no ano passado a televisão por subscrição registou mais 167 mil clientes.

"No final de 2015, a taxa de penetração do serviço de televisão por subscrição situava-se nos 86,6 assinantes por cada 100 famílias clássicas", mais 4,1 pontos percentuais do que em 2014.

Este aumento "deveu-se, sobretudo, às ofertas suportadas em FTTH/B [fibra] (mais 185,1 mil assinantes). O FTTH/B representava, no final do ano, 23,1% do total de assinantes (mais 4,4 pontos percentuais do que no ano anterior), tendo-se tornado a segunda forma de acesso mais importante, a seguir ao cabo", refere o regulador, em comunicado.

Já o serviço de televisão por cabo baixou 1,4%, mas continua a ser a forma de acesso mais importante (38,3%).

A tecnologia xDSL registou uma diminuição de 1,2%, o que "aconteceu pela primeira vez desde que esta informação é recolhida, e caiu para o terceiro lugar entre as redes de suporte do serviço (21,3%)".

O serviço transmitido por satélite (DTH), que representa 17,4% do total, subiu 1,7%, "o primeiro aumento anual registado desde 2011".

"O aumento das ofertas em pacote em 2015 determinou uma subida da penetração das ofertas de televisão paga. No final do ano, cerca de 87,8% dos assinantes dispunham do serviço integrado em pacote", adianta a Anacom.

No ano passado, 78,1% dos clientes do serviço de televisão paga tinha acesso a mais de 80 canais.

O número de lares com serviço de televisão por subscrição com acesso a canais 'premium' "manteve-se constante face ao final do ano anterior (18,6%), tendo mesmo registado um crescimento de 3,2 pontos face ao terceiro trimestre de 2015".

A parcela de assinantes que usou funcionalidades do serviço de televisão paga aumentou cinco pontos percentuais durante o ano passado, "verificando-se que cerca de 67% dos assinantes utilizaram, pelo menos, uma das funcionalidades disponíveis. As gravações automáticas foram o serviço mais usado, por 53% dos clientes".

As receitas provenientes do serviço de televisão paga 'stand-alone' (serviço único) e de pacotes que incluem este serviço ascenderam a 1.662 milhões de euros.

De acordo com o regulador, a NOS continua a ser o principal prestador do serviço, com uma quota de 43,8%, seguida da Meo, com 40,7%, Vodafone (10,2%) e Cabovisão (5,1%).

"A Vodafone foi o único prestador a aumentar a sua quota de assinantes (+2,7 pontos percentuais), sendo também o prestador que, em termos líquidos, mais assinantes captou em 2015", concluiu.