Esta semana está em discussão a nova temporada da RTP. Bem-vindos às Barras Televisivas, com a opinião de Pedro Lopes, colaborador do Portal dos Programas.

Talk.

Nesta nova temporada não desportiva mas sim televisiva, tivemos alguns regressos inesperados, como foi o caso de "A Praça" e de "Agora Nós". Os dois programas estrearam há pouco tempo, logo ainda é cedo para fazer uma análise. Porém, aquilo que espero é que ambos tenham como metas a alcançar a originalidade, a criatividade, a qualidade e a diferença. Diferença, sim, pois já chega de formatos iguais. Isto é, programas com os mesmos temas, as mesmas conversas e os mesmos convidados. Já para não falar dos prémios que são dados ou da duração e horário... No que toca, ao "5 Para a Meia-Noite" espero que volte com criatividade, originalidade e que seja um dos talk-shows mais inovadores da televisão portuguesa.

Talent.

Já era de esperar que nesta nova época regressasse "The Voice". O formato estará de volta, este mês, com novidades. A entrada de Jani Gabriel, para Repórter V, e a entrada de Aurea no painel de jurados é algo que irá surpreender. A jovem Jani Gabriel vai estrear-se na televisão portuguesa, em sinal aberto, e promete dar que falar, se realizar um trabalho excelente. Uma aposta jovem para uma produção ao estilo de "The Voice" é sempre uma aposta ganha. Já Aurea promete pois é um caso de sucesso no panorama musical nacional e internacional. No que toca ao resto, espero que o formato continue com o mesmo nível de produção. Um nível bem classificado no que toca a todo formato, que vai desde o guarda-roupa aos apresentadores, painel de jurados, concorrentes e que depois passa pelo ambiente em estúdio, as músicas, os bastidores, e ainda toda a energia que a iluminação do palco, os diferentes pontos de filmagem, a intervenção da dupla de apresentadores, a intervenção e os desabafos dos concorrentes e dos seus familiares.

Ficção.

Em meados de janeiro, vamos deixar de ser "Bem-vindos a Beirais". A série de grande sucesso vai deixar de nos entreter nas noites de segunda a sexta. A justificação dada pela estação é que é necessário apostar em novos formatos. Cada formato tem o seu tempo. O certo é que Beirais podia continuar, assim como continuam as grandes séries policiais. O problema é que Beirais passou de temporada para temporada sem qualquer intervalo. Se de temporada para temporada a série tivesse feito umas férias, poderia justificar-se a permanência da série por mais algum tempo.

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Informação.

Já chegou a hora de fazer um novo refresh nos programas informativos. É necessária uma alteração às identidades informativas, de uma estação pública como é o caso desta nossa, esperemos nós, RTP.

As alterações nas identidades informativas passam por um refresh no que toca à identidade gráfica. É preciso alterar genéricos, grafismos e oráculos. E ainda, alterar estúdios ou cenários. Em suma, é dar uma nova vida, uma nova cor, uma nova imagem à informação da RTP.

Futebol.

Na nova temporada desportiva da RTP, podemos esperar o regresso da Liga dos Campões. É importante para a RTP, como serviço público, a prestação deste serviço desportivo. Porém, a dúvida que eu coloco é: não era mais importante a Liga NOS (Primeira Liga) na estação pública?

RTP2.

Em março, o canal 2 mudou a sua identidade. A estreia de novos separadores ou bumpers, a estreia do espaço Cartaz Cultural e das Curiosidades e a alteração do grafismo da Meteorologia deram a vida e a cor que tanto a 2 precisava para ser um canal jovem, dinâmico e temático. 'Literatura Agora' e 'Palcos Agora' foram algumas das estreias, no ano passado, assim como 'Contentor 13'. Depois disto, o que eu desejava é que a 2 continue com os espaços presentes nos seus intervalos, os programas de literatura, artes, cultura e animação, pois só assim é que promete ser um canal alternativo.

RTP3.

Primeiro chamava-se RTP N, depois RTP Informação e agora RTP 3. A estação pública de rádio e televisão portuguesa decidiu fazer um rebranding ao seu canal de informação e por isso nasceu, a 4 de outubro, a RTP 3. Este canal nasceu ainda há pouco tempo e ainda não posso fazer grandes análises. Mas a identidade visual como grafismos e oráculos, pela sua simplicidade dá conta de um novo método de fazer televisão. Limpo, com o essencial e sem distrações. Estamos a ver, ouvir e a ler o mais relevante, e não informações que passam simultaneamente nos oráculos.

Tal como disse, será uma nova época marcada por surpresas, estreias e regressos inesperados. Na próxima edição, estará em análise a nova temporada televisiva da SIC.

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