A informação foi igualmente confirmada pela agência Lusa junto de fonte da Multichoice, esclarecendo que os canais em causa - SIC Internacional e SIC Notícias - regressam à grelha da DStv em Angola a partir das 10:00 de quarta-feira, nos vários pacotes.

Desde as 23:59 de 5 de junho de 2017 que aqueles dois canais deixaram de ser transmitidos pela DStv, não tendo a empresa adiantado, na altura, explicações para a decisão, referindo apenas que "lamenta pelos transtornos causados".

A DStv juntou-se então à decisão anteriormente tomada pela operadora Zap, da empresária angolana Isabel dos Santos, pelo que desde junho que não é possível assistir às transmissões daqueles dois canais em Angola.

A Multichoice África fornece serviços de televisão pré-paga de canais digitais múltiplos contendo canais de África, América, China, Índia, Ásia e Europa, por satélite.

A operadora de televisão por satélite angolana Zap, outra das duas operadoras generalistas em Angola, interrompeu a 14 de março a difusão dos canais SIC Internacional e SIC Notícias nos mercados de Angola e Moçambique, o que aconteceu depois de o canal português ter divulgado reportagens críticas ao regime de Luanda.

A operadora portuguesa NOS detém 30% da Zap, sendo o restante capital detido pela Sociedade de Investimentos e Participações, de Isabel dos Santos, filha do ex-chefe de Estado, José Eduardo dos Santos.

Isabel dos Santos chegou a justificar a decisão com os custos da aquisição dos direitos dos dois canais portugueses.

A Zap iniciou a sua atividade no mercado angolano em abril de 2010 e é atualmente a maior operadora de TV por satélite em Angola.

O fim da transmissão dos dois canais da SIC em Angola coincidiu com o clima de pré-campanha eleitoral e o aproximar das eleições gerais de 23 de agosto, às quais já não concorreu José Eduardo dos Santos, Presidente da República desde 1979, tendo sido eleito João Lourenço.