O frente-a-frente na rádio, no âmbito das eleições legislativas, entre Passos Coelho e António Costa está agendado para 17 de setembro, enquanto o debate com todos os partidos deverá acontecer a 22 de setembro, adiantaram as mesmas fontes.

Estas foram as principais conclusões da reunião que decorreu esta tarde e juntou representantes do PS e do PSD, das rádios e das televisões.

As televisões arrancam com o primeiro debate político entre Passos Coelho e António Costa na segunda semana de setembro.

O segundo frente-a-frente decorrerá nas rádios, na semana seguinte, numa iniciativa inédita em Portugal que junta a Renascença, a Antena 1 e a TSF.

O debate vai ter lugar no Pavilhão Atlântico, Lisboa, e além da emissão simultânea na rádio, será também transmitido, com imagem, nos respetivos sites.

De acordo com a Renascença, "pelo meio dessas datas, as televisões vão organizar outros duelos eleitorais entre os líderes de outros partidos, nos quais será incluído Paulo Portas, presidente do CDS, partido que vai a eleições coligado com o PSD".

Relativamente ao debate de 22 de setembro, em plena campanha oficial, entre os partidos com assento parlamentar, este será organizado pelas televisões, mas ficou ainda por fechar o formato final.

Também por decidir ficou a inclusão ou não de Paulo Portas neste debate.

Para o PCP, que concorre com Os Verdes na coligação CDU, tem de haver um critério objetivo nos debates: ou se trata de candidaturas ou de partidos com assento parlamentar.

A lei que regula a cobertura jornalística em período eleitoral refere que "no período eleitoral os debates entre candidaturas promovidos pelos órgãos de comunicação social obedecem ao princípio da liberdade editorial e de autonomia de programação, devendo ter em conta a representatividade política e social das candidaturas concorrentes".

O Presidente da República marcou as legislativas para 04 de outubro e considerou “desejável” que o próximo Governo tenha um apoio “maioritário” no parlamento e seja “sólido, estável e duradouro”.

Numa comunicação ao país, Cavaco Silva afirmou que cabe aos partidos a responsabilidade de negociar "uma solução governativa estável e credível" com apoio maioritário no parlamento, face à possibilidade de nenhum deles alcançar maioria.

O Presidente da República apelou ainda a uma campanha eleitoral serena e com elevação, considerando que, no momento que Portugal atravessa, é essencial preservar "pontes de diálogo" entre os partidos.