Em nota publicada no site a 14 julho, a Entidade Reguladora para a Comunicação Social avança que recebeu duas queixas de espectadores: "Numa das participações considera-se que 'o modo como este programa abordou o tema do Natal foi uma falta de respeito para todos os cristãos em geral' (...) Outra participação denuncia a presença de 'animais vivos [que] foram sujeitos a um tratamento desadequado e impostos a stress elevado, luzes, barulho de um estúdio de televisão, chegando mesmo a pôr em perigo uma criança em estúdio'".

"É inadmissível que em nome de uma guerra de audiências se submetam animais a este tipo de violência gratuita e ridícula", defendeu o espectador.

Depois de analisadas as participações, o Conselho Regulador deliberou "não dar provimento às participações, por não terem sido ultrapassados os limites à liberdade de programação".

Veja o vídeo:

Sobre a presença da vaca em estúdio, a ERC frisa que "da análise realizada não se observam indícios de que a criança estivesse, em algum momento, em perigo". "A vaca encontrava-se presa por uma corda e constata-se a rapidez em retirá-la daquele local", pode ler-se na nota.

"Sublinhe-se, no entanto, que o animal permaneceu escassos segundos em estúdio e a própria apresentadora, apercebendo-se da desadequação da situação, solicitou que aquele fosse retirado do cenário ('a vaca é melhor sair')", lembra a ERC.

"Resta ainda abordar a alegação de desrespeito ao Natal. A análise permitiu verificar que a encenação levada a cabo no programa simula uma festa de baby shower de Jesus. São múltiplas as personagens que interagem entre si no cenário e sempre num registo humorístico, parodiando a véspera do nascimento de Jesus, com vários apontamentos da atualidade. Considera-se, portanto, que se trata de conteúdos de cariz humorístico", remata a deliberação.