Durante a emissão desta sexta-feira, 13 de janeiro, Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira ouviram algumas críticas de uma espectadora. "Vocês convidam pessoas e não deixam  ninguém falar. A Pimpinha [Jardim] estava a falar do presidente Barack Obama e vocês mudaram [o assunto] para as pizzas. E não sou só eu a reclamar. Já com o Quintino Aires é a mesma coisa. No outro dia, estavam a dar os signos, chegou a hora do último signo e mudaram para outra conversa", frisou a espectadora, revelando que acompanha o programa juntamente com outras 27 pessoas.

No seu blog, Cabaré do Goucha, o apresentador do programa explicou a polémica que alimentou vários comentários nas redes sociais. "Costumo dizer que programas de companhia, como os da manhã e até os tarde, se bem que o universo de quem assista seja um pouco diferente, no horário vespertino, são como contentores, prontos a receber desde o tema mais sério e fracturante, tratado com um único convidado ou ao jeito de debate, até à conversa de 'botar fora', que, por exemplo uma abordagem das noticias da imprensa dita 'cor de rosa' propicia", escreveu Manuel Luís Goucha, frisando que o "particular jeito de apresentar não será consensual".

"Não procuro (e penso que a Cristina também não) a unanimidade, acho-a mesmo uma maçadoria! Gosto do exercício da provocação, no respeito pelo outro e pelas suas diferenças. E, também por isso, entendo que as criticas podem servir de alerta, de estímulo, até de desafio, para que se melhore a prestação profissional. Uma critica elegante e construtivamente fundamentada leva-me a reflectir (a minha verdade é apenas a minha verdade entre biliões de outras verdades) e não seria a primeira vez que inflectiria a minha forma de pensar e até de agir, à conta de uma opinião adversa. Não cedo é à mentira, ao vitupério ou à humilhação", explicou o apresentador do programa das manhãs da TVI.

"Fomos nós que quisemos que a espectadora falasse livremente sobre o que pensava do programa e dos apresentadores, conscientes do risco de ver o sucedido aproveitado e adulterado por alguma imprensa e sobretudo pelas redes sociais, verdadeiras cloacas ao serviço do que o ser humano pode ter de pior", relembrou Goucha no artigo partilhado no seu blog, acrescentando que "a espectadora está no seu direito de não gostar da nossa forma de fazermos televisão".

"Haverá quem não goste, como a espectadora da passada sexta-feira, mas esses tem o poder do comando para não se amofinarem com tão pouco. Só por masoquismo é que posso entender que se teime em algo que não se aprecia. Há muitos programas de televisão que não me interessam, há pessoas de quem não gosto ou que nada me acrescentam, não perco um segundo com eles. O tempo é por demais valioso para ser desperdiçado", defendeu ainda o apresentador.