Aos 13 anos, Jenna Ortega arrisca-se a tornar-se numa das atrizes mais populares da sua geração. A norte-americana de ascendência mexicana e porto-riquenha começou por dar nas vistas em "Jane the Virgin", no seu primeiro papel regular depois de pequenas participações em "CSI: Nova Iorque" ou "Rake", e no início deste ano assumiu o protagonismo de "A Irmã do Meio", sitcom que chegou a Portugal em junho, através do Disney Channel.

Mas há poucos anos o percurso da atriz que dá corpo a Harley Diaz poderia ter sido outro, completamente diferente, segundo contou ao SAPO MAG numa roda de imprensa internacional, pelo telefone. "A minha família não me levou muito a sério quando um dia disse à minha mãe que queria ser atriz, depois de ver um anúncio na televisão a que tinha achado graça, aos 7 anos. Mas percebo que tenham pensado que era só uma fase porque antes tinha dito que o meu sonho era ser presidente dos EUA e astronauta (risos)".

"A diferença aqui foi que acabei por insistir tanto na ideia que a minha mãe acabou por me levar a uma agência para um casting. Quatro anos depois, fiquei a saber da audição para um papel da Disney e decidi participar, sem saber muito bem ao que ia. Acabei por ser chamada para as seguintes, sem grandes expectativas", salienta ainda.

Uma série para (e com) toda a família

Se em "Jane the Virgin" Jenna já tinha interpretado o elemento mais jovem de uma família latino-americana - nas cenas dos flashbacks da protagonista na infância -, em "A Irmão do Meio" o ambiente familiar tem um peso ainda mais forte. E mais próximo do seu dia a dia. "A família Diaz tem nove pessoas e a minha tem oito. E curiosamente toda a gente da minha família é parecida com alguém da série", assinala.

Familiar foi também a atmosfera das filmagens, recorda a atriz. "Não senti muita pressão porque foram todos muito simpáticos. O período das filmagens foi muito descontraído. Se cometesse um erro, não era um drama, ninguém ficava ressentido com isso."

O facto de Jenna se identificar com a protagonista da série a vários níveis também ajudou. Ao telefone, notámos que a atriz tem um discurso tão articulado e talvez até mais ponderado do que Harley. Mas há outros pontos de contacto. "Somos muito parecidas, ambas filhas do meio de uma grande família...  Ambas adoramos matemática e ciências", contrasta.

Essa "grande família" trouxe-lhe algumas vantagens, como poder ver "Homem em Fúria" com os irmãos mais velhos em vez de limitar as suas opções ao Disney Channel e outros canais infantis. Resultado: o filme de ação de Tony Scott é o seu favorito, Denzel Washington um ídolo e Dakota Fanning uma atriz que encara como modelo a seguir na gestão de carreira desde muito nova.

Por agora, Jenna ainda não tem um currículo tão versátil mas mostra-se satisfeita por participar numa série "que quebra a quarta parede, permitindo que o público se relacione mais diretamente com as personagens". Parece que essa abordagem tem funcionado, uma vez que a série já foi renovada para uma segunda temporada, com a produção a arrancar neste outono. Muitos irmãos do meio (e outros) agradecem, um pouco por todo o mundo.