O ator fazia parte da companhia do TNDM desde 1981 e estreou-se no teatro em 1964, na Casa da Comédia, com a peça "A farsa de Inês Pereira", de Gil Vicente.

Nascido em Montemor-o-Velho em 1944, foi um dos fundadores de A Comuna - Teatro de Pesquisa e do Teatro Experimental de Cascais.

De acordo com o Centro de Estudos de Teatro, ao longo da carreira recebeu algumas distinções, nomeadamente com as peças "D. João", de Molière, e dirigiu nos anos 1990 o grupo de Teatro Bescénio.

António Rama participou em várias séries televisivas, entre elas, “Chuva na areia”(1984), “Desencontros” (1994), “Filhos do vento” (1997), “Ballet Rose – Vidas Proibidas” (1998), “Esquadra de Polícia” (1999), “Alves dos Reis” (2000), “Raia dos Medos” (2000), “Ferreirinha” (2004), “Inspetor Max” (2004).

Carlos Avilez, referindo-se ao período em que dirigiu o Teatro Nacional D. Maria II (TNDM), em Lisboa, recordou “o homem de diálogo que defendia os colegas e a profissão”.

“O António Rama era um amigo muito querido, e sempre um ator de grande entrega ao seu trabalho, muito profissional”, disse Avillez que salientou a “qualidade de análise” de Rama dos textos de teatro e das personagens que encarnou.

Entre as muitas personagens que desempenhou “sempre com um brilho especial”, Carlos Avilez salientou o de “criado” na peça “D. João” de Molière, protagonizada por Carlos Daniel, e encenada por Jean-Marie Villégier.

O velório de António Rama realiza-se hoje a partir das 17:00 na igreja de S. João de Deus, em Lisboa, à praça de Londres, onde na terça-feira às 13:30 se realiza uma cerimónia religiosa, seguindo-se o funeral para o cemitério dos Olivais.

@Lusa