“É uma pena não termos uma televisão de grande projeção internacional em português”, disse José Manuel Durão Barroso na sua “aula inaugural” na Universidade Católica de Lisboa, onde vai lecionar, intitulada “União Europeia e Lusofonia”.

“Seria positivo que Portugal, Brasil e Angola se juntassem para criar um grande meio de comunicação social em português para facilitar a comunicabilidade da língua portuguesa”, acrescentou.

Durão Barroso, que definiu a Lusofonia como “a maneira portuguesa de estar no mundo, a língua portuguesa”, lançou esta sugestão ao sublinhar a importância de “uma política da língua mais ambiciosa”.

Destacando a maneira como Portugal, ao contrário de outras antigas potências coloniais, “foi capaz de restabelecer as relações Estado a Estado” com os países africanos de expressão portuguesa, Barroso referiu o “espírito de abertura” que marcou e continua a marcar a história de Portugal.

“A Lusofonia é uma das formas que Portugal tem de contribuir para a UE”, disse, depois de ter apontado como iniciativas portuguesas deram origem à parceria estratégica UE-Brasil, à Parceria Especial com Cabo Verde e aos Programas Indicativos Regionais com os PALOP e com Timor-Leste.

“Quando na UE se fala de África, a opinião de Portugal conta”, disse.

@Lusa