Gonçalo Reis falava à Lusa à margem da conferência “O Futuro dos media: Jornalismo e serviço público na era digital”, que está a decorrer na Gulbenkian, em Lisboa.

"A RTP, para ser um operador de serviço público relevante, não deve apenas produzir conteúdos, isso tem de ser feito todos os dias, é um patamar, mas temos de ir mais longe, a RTP deve ser um agente de reflexão", afirmou o gestor, referindo que tem o papel de fomentar o debate e partilhar boas práticas.

"Isto é serviço público, queremos ser agente ativo no setor, tem sido nosso timbre, queremos juntar na mesma mesa o operador público e os operadores privados", afirmou, salientando que a conferência de hoje, que ocorre por ocasião das comemorações dos 60 anos da RTP, junta nos painéis representantes do público e privado e especialistas do setor.

"Não vivemos um tempo qualquer, de mutação, de turbulência, mas também de grandes oportunidades", acrescentou Gonçalo Reis, referindo que é necessário "parar para pensar" para ver como se pode contribuir para o setor dos media.

"Nunca a imprensa e o jornalismo de qualidade foi tão ameaçado, mas nunca foi tão relevante", sublinhou, destacando que valores da independência, universalidade, credibilidade, moderação e ética têm de ser preservados, pois são "pilares de uma sociedade civilizada e de um setor de media sustentável".

"O mundo está em grande transformação", salientou.