E ao quinto capítulo, "Sharknado" tomou proporções globais. A saga criada por Thunder Levin (argumento) e Anthony C. Ferrante (realização) estreou no Syfy no verão de 2013 e ano após ano, sequela após sequela, foi consolidando o culto enquanto continuou a recrutar tubarões para uma mistura absurda e delirante de terror, filme-catástrofe e comédia sangrenta.

Além dos perigos do mar, transportados por mega-tornados, outra das marcas do fenómeno que chega agora ao quinto filme é a presença de Ian Ziering e Tara Reid, associados a ficções adolescentes de outras eras ("Beverly Hills 90210" e "American Pie - A Primeira Vez", respetivamente), que têm tido na saga um porto seguro para as suas carreiras. Cassie Scerbo também tem sido das caras mais regulares desta história, na pele da destemida empregada de bar que participou no primeiro e terceiro filmes e está de volta no mais recente.

A atriz norte-americana, até então mais conhecida pelo seu papel na série adolescente "Dance Revolution", da CBS, já é para muitos indissociável de Nova Clarke, que promete ter outro impacto em "Sharknado 5: Voracidade Global". Scerbo compareceu à antestreia do telefilme em Portugal, numa sala de cinema lisboeta, e falou ao SAPO Mag do passado e presente da saga:

SAPO Mag - O que é que pode avançar sobre "Sharknado 5: Voracidade Global"? Tem tubarões e...

Cassie Scerbo - Sim, tem tubarões, mais uma vez (risos). Este é o meu "Skarknado" favorito porque tem uma escala global - chama-se "Voracidade Global", aliás -, e filmámos em todo o mundo: Bulgária, Londres, Roma, Japão... Esteticamente é impressionante para os espectadores porque o filme é mais ambicioso do que qualquer dos anteriores. Não tem tudo CGI, estivemos mesmo nos locais emblemáticos - Big Ben, Torre de Tóquio, Coliseu...

Cassie Scerbo

SAPO Mag - A sua personagem, Nova Clarke, participou no primeiro e terceiro filmes da saga. Como a encontramos aqui?

Cassie Scerbo - Desta vez Nova vai ter a sua própria irmandade, de verdadeiras mulheres de armas, cuja missão é enfrentar a ameaça dos tubarões em todo o mundo a partir de uma base de operações na Austrália. O desenvolvimento dela tem sido ótimo, está mais destemida e determinada, e volta a colaborar com o Finn e a April para salvar o Gil, o filho deles, que está preso num sharknado por todo o mundo. E felizmente tenho um detetor de tempestades, por isso vai ser muito útil na nossa missão global deste filme, em busca dele.

SAPO Mag - Nos últimos anos a televisão e cinema de ação e ficção científica têm tido muitas protagonistas femininas - caso de "Os Jogos da Fome", "Star Wars", "Wonder Woman"... Em que é que a Nova difere destas heroínas?

Cassie Scerbo - Acho que a Nova é uma combinação de muitas delas, para ser sincera. Adoro esses tipos de filmes com mulheres fortes e independentes, e a Nova tem uma grande mistura de vulnerabilidade e coração, mas também de poder, raiva e obstinação. O que adoro nela é que consegue chorar durante alguns segundos para se recompor e depois volta à ação como se nada fosse, e isso dá-lhe camadas que a enriquecem e a tornam numa personagem incrível de interpretar. Embora estes sejam filmes despretensiosos, que não são para levar a sério, gosto muito da força da personagem e da resposta que tenho tido de muitos fãs que se sentem inspirados pela sua determinação. Como atriz, consigo manter um equilíbrio entre cenas emocionais e mais dinâmicas, o que é entusiasmante.

SAPO Mag - Muitos dos seus papéis anteriores estavam ligados à comédia e romances adolescentes. Como foi fazer esta viragem?

Cassie Scerbo - Isso é o que me atrai na representação. Posso mudar de um projeto para o outro, às vezes completamente, e divirto-me imenso. Tudo o que seja diferente e me permita chegar a novos temas e pesquisar sobre eles é desafiante. Não que tenha feito assim tanta pesquisa neste caso (risos). Vim de uma série na qual encarnei uma bailarina adolescente durante anos, por isso foi refrescante mudar para uma personagem que anda de um lado para o outro entre grandes cidades.

SAPO Mag - A mudança implicou outro tipo de exigência, mesmo sem tanta pesquisa?

Cassie Scerbo - Acho que muita gente não se apercebe, uma vez que os filmes são tão esgrouviados, mas "Sharknado" é mesmo muito desafiante para um ator. Porque quero estar no registo certo, e aderir ao lado mais lúdico, mas ao mesmo tempo tenho de fazer com que as pessoas se interessem pela minha personagem e se preocupem com ela. Então há uma linha muito ténue quando tento fazer com que tudo funcione, sobretudo quando te pedem para imaginar grande parte dos cenários e das situações porque não estás a ver nada além de um grande painel à tua volta. Acaba por estar tudo na minha cabeça, o que é muito mais abstrato do que fazer um drama sobre o luto ou uma separação, que são estados com os quais posso relacionar-me de forma mais concreta nas gravações.

SAPO Mag - Quando participou no primeiro "Sharknado", tinha alguma expectativa de que o filme viesse a ganhar uma dimensão tão expressiva?

Cassie Scerbo - Nunca sabes o que vai funcionar e é isso que torna Hollywood tão excitante. Nunca imaginei que se tornasse um fenómeno de culto e sinto-me honrada por fazer parte dele. Chegámos ao ponto em que há pessoas a organizar casamentos com a temática do "Sharknado", dos fatos aos bolos, além de imensas outras festas. Já não é só um filme, é um evento de verão. E depois vou à Comic-Con e continuo a surpreender-me com iniciativas dos fãs e o apoio contínuo.

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