“É uma série de ficção passada em [agosto de] 1936 no Vidago Palace. É uma história que tem como pano de fundo os hóspedes do hotel e que vai fazer uma panorâmica do que estava a acontecer naquele mês, porque isto é passado entre dia 1 e 15 de agosto de 1936, e portanto é contemporâneo com os Jogos Olímpicos de Berlim, com a Guerra Civil espanhola e com a inauguração do campo de golfe de Vidago”, explicou aos jornalistas Henrique Oliveira, realizador e coprodutor da Vidago Palace.
As filmagens da série vão arrancar em outubro e novembro deste ano e as previsões é que a rodagem termine em janeiro ou fevereiro de 2017, informou Henrique Oliveira, satisfeito por ter sabido hoje que a produtora galega Portocabo já conseguiu vender a série de seis episódios (cada episódio tem 52 minutos) a um canal italiano (RAI) e a uma televisão polaca, o que “prova que já tem uma apetência internacional”.
Vidago Palace é também uma história de amor impossível entre Carlota e Pedro, a filha dos condes de Vimieiro e um rececionista daquele hotel, que estão dispostos a todo o tipo de obstáculos para concretizar o seu amor, designadamente “aos desejos e interesses das suas famílias, às conveniências sociais, à cruel polícia da fronteira e até mesmo, uma guerra”.
O idioma da série tem como base o português, mas também vai haver muito galego, até porque uma parte da história passa-se na Guerra Civil de Espanha e, por isso, vai haver atores galegos a falarem galego, adiantou o realizador, referindo que o elenco já está praticamente definido e que vai “ter novos talentos”.
O administrador da RTP para a área dos conteúdos, Nuno Artur Silva, disse, por seu turno, que hoje em dia a “linguagem mais contemporânea” ou a “língua mais popular de todas” é a língua que vem através do audiovisual e, como tal, para a RTP a ficção é “o género nobre”.
A “RTP tem uma aposta muito grande na ficção (…) para além das telenovelas e o caminho a fazer, devido ao problema de escala que somos um país pequeno, é certamente o caminho das coproduções”, assumiu Nuno Artur Silva, referindo que a Vidago Palace é um “primeiro passo concreto” para o “aprofundamento das relações de coproduções na área do audiovisual” e para manter uma “velha amizade” que vem de “há muitos, muitos anos”, recordou.
O diretor-geral da televisão galega (TVG), Alfonso Sánchez Izquierdo, assumiu que a míni série Vidago era projeto “economicamente muito importante” para trabalhar num terreno ainda por explorar que é o da coprodução ficcional.
A responsável pelos conteúdos da TVG, Montse Besada, considerou ainda que a série Vidago era uma oportunidade para unir as duas televisões ibéricas.
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