A ERC analisou as emissões de março de 2014 do programa da SIC em que eram divulgados os vários patrocinadores, como "Vinho da Beira Interior, Vitacress - Saladas e legumes lavados e Banco Popular é para si".

De acordo com a Lei da Televisão e dos Serviços Audiovisuais a Pedido, citada pela Entidade Reguladora, o espaço de comentário é considerado um "programa de informação política, pelo que não pode ser patrocinado".

Na sequência da notificação da ERC, o canal de Carnaxide apresentou a sua defesa, alegando que "a expressão ‘programas de informação política’ não se encontra concretizada na legislação nacional nem a ERC emitiu sobre ela uma orientação de carácter geral”. A estação defende ainda que o programa está classificado "como debate", segundo o "Manual de Classificação, Portal da Televisão – ERC – Difusão de obras audiovisuais".

Na nota publicada pela ERC, a SIC considera "simplesmente inviável conceber aqui uma qualquer hipótese de condicionamento, considerando a intrínseca imprevisibilidade dos conteúdos – em função das apontadas características do programa - e, por inerência, a não definição antecipada da própria linha editorial seguida".

Porém, o regulador não partilha da mesma opinião. “Programas informativos de entrevista, debate e comentário no domínio da política constituem-se como formatos televisivos que integram o conceito de ‘informação política’ constante na Lei da Televisão e Serviços Audiovisuais a Pedido”, frisa a ERC.

"Atendendo aos factos apurados que revelam que o programa 'Quadratura do Círculo' do serviço de
programas SIC Notícias, em março de 2014, era acompanhado de patrocínio mas, verificando-se,
contudo que, desde final de janeiro de 2016, este programa não apresenta patrocínio, o Conselho
Regulador da ERC (...) delibera sensibilizar o operador para o cumprimento das obrigações constantes", explica a Entidade Reguladora para a Comunicação, acrescentando que o processo será arquivado.