A série criada por Steven Levitan e Christopher Lloyd é extremamente engraçada e segue a estrutura de um pseudo documentário sobre três casais disfuncionais que fazem parte da mesma família e onde tudo descamba em situações invariavelmente cómicas com um forte sentimento de união e amor familiar.

O primeiro casal é o mais estável, formado por Phil (Ty Burrell) e Claire Prichett (Julie Bowen), que estão casados há dezasseis anos. Phil é um idiota chapado com mania que é pai com muita pinta mas é um verdadeiro embaraço sempre que tenta ser um modelo de virtudes para os seus três filhos - Haley, com quinze anos que namora com um matulão; a filha mais nova, Alex, o crânio da família e Luke, que detesta aliens, tubarões, raparigas e legumes. Já percebemos que neste lar a mãe é a única a ter juízo.

O outro casal poderá apelidar-se de alternativo: é um casal homossexual. Cameron (Eric Stonestreet) parece uma bola e é pouco elegante mas é um desafio não gostar dele e do snob Mitchell Prichett (Jesse Tyler Ferguson). Eles adotaram um adorável bebé vietnamita (a la Brangelina), têm a paranóia da perseguição homofóbica e estão constantemente a limar as suas diferenças. São dois pais apaixonados e comportam-se na sua essência como um casal tradicional, adoram o seu bebé e fazem o possível para serem os melhores pais do mundo.

O casal mais novo une o patriarca da família Jay Prichett (Ed O'Neill) a Gloria (Sofía Vergara), uma latina caliente com metade da sua idade, uma mulher de sonho que tem um “preço” (para Jay) chamado Manny, o filho do primeiro casamento de Gloria, um puto precoce que é um galã de palmo e meio, usa after shave e veste-se como um conde. Ambos “forçam” Jay, aos sessenta anos, a comportar-se como um verdadeiro pai e a sair do seu casulo conservador.

Os atores surgem em cena como credíveis membros desta extensa família, os melhores momentos de cada episódio fazem-se entre as discussões, carradas de sarcasmo e bons diálogos. Uma Família Muito Moderna tem a fórmula certa para fazer rir.