A melhor série da televisão está finalmente de volta! A equipa de clones femininos enfrenta agora uma nova ameaça, que consiste na perda de controlo do projeto Castor. Para aqueles que já não se recordam, o projeto Castor reside na criação de novos clones mas do sexo masculino, encarnados por Ari Millen.

A temporada começa com Sarah, Felix e Kira a relaxar depois dos eventos anteriores, apesar de Sarah já saber da existência de um novo perigo. Kira e as suas irmãs mantêm-se no topo das suas prioridades e não tarda muito até que descubra que Mrs. S esteve envolvida no desaparecimento súbito da sua irmã Helena. Com isto, Sarah recebe a visita de Delphine Cormier (sim, ela está de volta!), namorada da sua irmã Cosima, e recruta-a para uma nova missão. Com desenvolvimentos sobre o projeto Castor e os clones masculinos fora de controlo, Sarah tem que se camuflar como Rachel e infiltrar-se na DYAD, numa tentativa de saber o que Ferdinand (um fantástico James Frain) tinha combinado com a mesma. Cosima está melhor de saúde através dos tratamentos com a medula óssea de Kira e Alison lida com o despedimento de Donnie. Helena ficou entregue às forças militares, uma vez que o seu comportamento disruptivo poderia causar problemas às suas irmãs e colocá-las em perigo.

Mais uma vez, o triunfo argumentativo de Orphan Black não desilude os seus fãs, que têm crescido a um ritmo astronómico. “The Weight of this Combination” não só segura as pontas soltas que ficaram da temporada anterior, como tenta dar um pequeno impulso às novas linhas narrativas que envolvem todas as personagens extraordinárias da série. No entanto, o episódio começa de forma algo apressada, começando a abrandar assim que se entra no arco narrativo principal. Embora este aspeto se apresente como uma pequena desvantagem, é logo esquecido assim que o espectador se embrenha nos constantes twists e surpresas que vão surgindo. Tatiana Maslany continua a mostrar a sua versatilidade como atriz, conferindo características únicas às personagens que interpreta; isto é, qualquer um de nós, por vezes, esquece-se que estamos a ver a mesma atriz a interpretar estes papéis tão diferentes e tão únicos, assim que nos recordamos daqueles gestos, personalidades e características que definem as irmãs. Maslany parece ter encontrado um inimigo à sua altura e Ari Millen é soberbo nos seus múltiplos papéis. O rosto maquiavélico do ator, aliado aos seus olhos vívidos e expressivos, conquistam-nos logo à primeira vista.

O argumento, por mão do co-criador Graeme Manson, procura inserir em 40 e poucos minutos, não só um “previously on Orphan Black” como também uma pequena abordagem das novas personagens, novas linhas de história e situações de adrenalina já típicas dos capítulos anteriores. Não é uma proeza fácil. É tanto para tão pouco tempo de antena mas, como já referido anteriormente, a necessidade de avançar rapidamente acalma por se apaziguar gradualmente ao longo dos 40 minutos. O que é importante é que a série mantém a sua qualidade, não abranda nos desenvolvimentos, nem promete desiludir. E quando temos uma Helena a alucinar com escorpiões falantes, uma Mrs S (que é uma badass) leva uma coça de um clone macho, uma Delphine irreconhecível e um jogo de gato e rato com Sarah e Alison, não podemos pedir mais nada. Orphan Black chegou e conquista logo no seu início! E, enquanto uns sofrem por "Guerra dos Tronos", eu vou passar a semana a deprimir a esperar pelo próximo episódio desta magnífica e extraordinária série de televisão.

Nota: 9/10

Jorge Lestre

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