"Gostei bastante do filme. É muito interessante não só para os alunos de História para melhor a compreenderem para além dos livros, como também para os mais graúdos que desconhecem este período da História", afirmou Ana Sofia Mendes à saída do Teatro-cine de Torres Vedras.

A mesma opinião foi partilhada por Rosália Duarte que tem curiosidade de o ver na sala de cinema desde 2010, aquando das comemorações do bicentenário das Linhas de Torres Vedras (linhas defensivas compostas por fortes e redutos usadas pelo exército luso-britânico de Wellington para defender o território das tropas francesas de Napoleão Bonaparte), quando a rodagem do filme foi anunciada.

A longa-metragem, da realizadora chilena
Valeria Sarmiento, tem antestreia marcada para 1 de outubro em Torres Vedras e estreia em diversas salas de cinema nacionais a 4 de outubro e nas europeias a 21 de novembro, anunciou o produtor
Paulo Branco.

Tendo em conta o envolvimento da câmara de Torres Vedras no financiamento do filme, o produtor sublinhou que "é a primeira vez que um município se preocupa em deixar documentada a importância histórica que a sua região teve para a História de Portugal".

"As linhas de Wellington" é um filme histórico sobre a terceira invasão francesa em Portugal, no começo do século XIX, quando o general Arthur Wellesley, duque de Wellington, liderou um exército anglo-português e utilizou três linhas de fortificações que protegiam Lisboa - as Linhas de Torres Vedras.

A produção, que custou cerca de 4,5 milhões euros, contou com atores como
Nuno Lopes, Carlotto Cota,
Albano Jerónimo,
Soraia Chaves,
Maria João Bastos,
Afonso Pimentel e nomes internacionais como
John Malkovich,
Catherine Deneuve e
Michel Piccoli, além de cinco mil figurantes.

Carlotto Cota, que entra a desempenhar a personagem de Pedro d'Alencar (um sargento português ferido em combate no Buçaco que vê o hospital, onde está a ser assistido, a ser invadido por franceses e é perseguido por eles até Torres Vedras) afirmou à Lusa que houve um grande empenho de todos os atores, uma vez que o filme os obrigou a um intenso estudo sobre o século XVIII, de modo a melhor conhecerem a época das suas personagens.

Nuno Lopes, que desempenha o papel do sargento Francisco Chavier, um camponês que se torna militar para vingar a chacina da família pelo exército napoleónico, disse à Lusa que o facto de o elenco de atores querer homenagear Raul Ruiz e retratar um período da História portuguesa "uniu muito os atores", lembrando que o filme foi recentemente "muito aclamado" no Festival de Veneza".

Tendo em conta as reações positivas ao filme, que vai em breve a concurso no Festival de San Sebastián, o ator espera que "as pessoas possam ir ver o filme às salas de cinema e contrariar o preconceito que existe de ver cinema português".

O filme foi rodado em vários locais de Portugal, em particular na região de Torres Vedras, onde será integrado no plano de estudos dos alunos do ensino secundário, em parceria com o Ministério da Educação.

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