É oficial: as duas sequelas de "Exterminador: Genisys" foram oficialmente colocadas na gaveta pela Paramount.

O estúdio retirou o segundo filme do seu calendário de estreias, onde estava marcado para 19 de maio de 2017. No seu lugar ficou agendada a versão cinematográfica de "Marés Vivas", com Dwayne Johnson e Zac Efron.

O mesmo deverá acontecer com o terceiro projeto, que devia estrear a 29 de junho de 2018.

As duas datas ficaram definidas em setembro de 2014, mas agora parece quase impossível que seja concluída a história antes dos direitos regressarem ao criador da saga James Cameron em 2019.

A decisão não constitui uma surpresa pois não existia qualquer movimentação para avançar com a produção da sequela que chegaria às salas de cinema em menos de ano e meio. O único desenvolvimento aconteceu em outubro do ano passado, quando a produtora Dana Goldberg reconheceu que a saga não estava suspensa, mas a ser "reajustada".

No centro de tudo está o facto de "Exterminador: Genisys", que marcou o regresso de Arnold Schwarzenegger ao seu mais icónico papel, ao lado de Jason Clarke, Emilia Clarke e Jai Courtney, ter ficado abaixo das expetativas no verão de 2015.

O filme, que custou 155 milhões de dólares, arrecadou menos de 90 nos EUA.

Por comparação, o mal sucedido "Exterminador Implacável - A Salvação" (2009), que é desvalorizado por exemplo por Cameron e Schwarzenegger, sem esquecer Christian Bale, que era o seu protagonista, chegou aos 125 milhões.

No mercado internacional a receita de "Genisys" foi maior, com 350 milhões de dólares, valor em que a contribuição da China foi determinante, com 112 milhões.

Por consenso, está definido que um filme tem de render três vezes o seu orçamento para um estúdio começar a ver o retorno do investimento, retirando as despesas de marketing, o custo das cópias, a parte que fica para os cinemas, etc.

A saga estava na incerteza precisamente porque os 440,6 de "Exterminador: Genisys" significavam que ficava na fronteira entre o fracasso e o sucesso.