O número de pessoas presentes no recinto foi tão grande quanto o atraso da chegada do artista, levando os seus fãs a protestar através de inúmeros assobios e o concerto a ser empurrado para uma hora após o seu suposto começo.

Todavia, os ânimos não foram contidos quando o cantor se apresentou ao som de “I’m a Freak”, com o palco a iluminar-se num caleidoscópio de cores que espelhavam a grande aposta nos efeitos visuais deste espetáculo.

Logo depois a Altice Arena ficou mais quente com todas as labaredas que acompanharam “I Like How It Feels”, seguida de “Heartbeat” e dando espaço para “Duele El Corazon”, onde pudemos assistir ao primeiro grande momento da noite com toda a plateia de pé a cantar a plenos pulmões.

“Boa noite, Portugal! Muito obrigado por estarem aqui”, foram as primeiras palavras de Enrique Iglesias, que rapidamente se ajoelhou em sinal de gratidão perante a reação do público português.

Em seguida saltámos para os velhos clássicos, com “Bailamos”, mudando depois para um segundo palco, mais central, num ritmo lento com “Ring My Bells”.

“É incrível, Portugal. Lembro-me que a primeira vez que aqui estive foi em 1995. Estou muito velho, muito acabado, muito fod***, mas sempre igual. Tenho o meu boné e a minha camisa, mas vocês estão sempre mais jovens e mais bonitos. Não quero dizer isto por estar aqui em cima, num palco em Lisboa, mas eu tenho muito carinho por Portugal, e é um país que terá sempre um lugar muito especial no meu coração”, confessava emocionado, recebendo uma salva de palmas do público presente e dando espaço à primeira e única versão da noite, da sua canção favorita de infância: “Knockin’ on Heaven’s Door”, de Bob Dylan.

“El Baño”, “Be With You” e “Tired of Being Sorry” foram os temas que se seguiram antes de chegarmos a mais um dos pontos altos da noite, com o cantor a escalar as paredes do pavilhão de modo a chegar aos varandins do Balcão 1 da Altice Arena ao som de “Escape”, terminando a sua atuação numa explosão de confetti.

“Tonight (I’m Fuckin’ You)” antecedeu “Súbeme la Radio”, que, para surpresa do público português, teve direito a uma presença especial em palco, com Anselmo Ralph a surgir lado a lado com o cantor espanhol num clima de pura festa e amizade.

As baladas regressaram com “Hero”, onde o cantor pouco deu de si à canção, tendo sido o público quem fez todo o trabalho num coro aprumado, seguindo para mais um dos seus grandes sucessos com a chegada de “El Perdón”.

Já no decorrer do encore, Enrique Iglesias brindou-nos com a afamada “Bailando”, substituindo a sua camisa pela camisola da seleção portuguesa, mais concretamente com o número 7 da mesma, fazendo referência à causa solidária estabelecida entre ele e Cristiano Ronaldo. O português terá convencido o espanhol a reverter 7% dos seus lucros de bilheteira do concerto em Portugal para o IPO de Lisboa.

Após uma reação em grande escala dos espectadores, o concerto terminou com “I Like It”, onde, para despedida, o cantor espanhol voltou a agradecer ao público, voltando a ajoelhar-se em gratidão perante o carinho que nunca vacilou, nem mesmo após o desespero com o atraso do concerto. No final, não houve grandes dúvidas: a espera valeu mesmo a pena.

Texto: Carina Sousa/ Fotos: Ana Castro

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