A cantora, de 24 anos, natural da ilha Terceira, que aos 10 anos pisou o palco pela primeira vez, pela mão do tio Nuno Bettencourt numa atuação da banda Extreme, na ilha de Santa Maria, procura afirmação na cena musical e tem vindo a atuar em vários palcos nos Estados Unidos, na Califórnia e em Boston, bem como na Europa.

Para Maria Bettencourt, que possui dois vídeos gravados e disponíveis na plataforma Youtube, realizados pelo pai, Luís Bettencourt, músico que integra a sua banda, “não há nada como estar em palco” e, “se puder ser pelo mundo inteiro, melhor ainda".

Ser sobrinha de Nuno Bettencourt, considerando um dos melhores guitarristas do mundo, e nascer no seio de uma família que “respira música” é uma mais valia e não sente qualquer pressão resultante desta realidade.

“Faço o que faço e gosto de o fazer bem, e mesmo que não fosse sobrinha de Nuno Bettencourt a atitude seria a mesma. Sou muito exigente comigo própria”, declara a artista.

Maria Bettencourt vai entrar em estúdio ainda este ano para gravar o seu primeiro registo de originais, com matriz cultural e musical rock, estando ainda por decidir o número de temas a integrar, podendo ir de seis a 11.

A artista já teve a oportunidade de tocar em alguns palcos mundiais e tem sido presença regular no Luck Strike Live, em Hollywood, na Califórnia, uma “catedral” da música ao vivo.

A sobrinha do autor da balada “More than words”, que lançou a banda Extreme, esteve recentemente, pela primeira vez, a atuar em Londres, no ‘Underworld”.

Apesar de saber que em todos os palcos que pisou “têm adorado o trabalho”, Maria Bettencourt tem consciência da dificuldade de vingar no mundo da música, de que existem jovens talentosos à procura de uma oportunidade e que o fator sorte é determinante.

Apesar de consciente das dificuldades que as bandas de rock sentem hoje na ascensão ao topo, a cantora manifesta uma tranquilidade que advém de um “projeto sólido” e por estar rodeada das pessoas certas.

Os Beatles são a maior referência de Maria Bettencourt, que cresceu a ouvir a banda, respeitada pelo clã Bettencourt.

Não esconde que gostaria de ser a banda de suporte da cantora Rihanna, com quem Nuno Bettencourt colaborou em 'tour', apesar desta tocar em grandes arenas, quando a terceirense gosta de “tocar em bares e pequenos clubes”.

Um dos episódios que guarda com prazer foi ter conhecido no verão de 2017 Steven Tyler, dos Aerosmith, que considera “muito simpático” e que a colocou “logo à vontade”, tendo tido a oportunidade de assistir a um concerto seu ao lado do palco.

Foto: Marta Cabral/Página de Facebook de Maria Bettencourt