A estreia de "A Bela e o monstro" foi adiada na Malásia.

A versão em imagem real com clássico de animação ia estrear esta quinta-feira, mas foi retirado por causa de uma "revisão interna", disse uma fonte da Disney naquele país ao The Star local.

A estreia do filme tinha sido aprovada pelo Comité de Censura da Malásia, depois de lhe ter sido retirada uma cena que envolvia o que os censores classificaram como um "momento homossexual", mas as duas maiores exibidoras do país receberam ordens para adiar o filme.

"A data de estreia foi adiada e estamos a rever internamente a nova data", confirmou mais tarde o porta-voz da distribuidora ao Malaysiakini.

A cadeia GSC Cinemas já está a devolver o dinheiro aos espectadores que compraram bilhetes antecipados para este filme com Emma Watson.

A Malásia tem uma tradição de banir filmes e embora agora não tenha sido adiantada qualquer justificação, acredita-se que a decisão tenha sido tomada por causa da controvérsia à volta da existência de uma personagem homossexual.

O realizador Bill Condon revelou que "A Bela e o Monstro" seria o primeiro filme da Disney a ter um "momento exclusivamente gay".

Essa parte do enredo vai ser sobre a relação entre LeFou (interpretado por Josh Gad) e Gaston (Luke Evans): ao mesmo tempo que o segundo quer conquistar Belle (Emma Watson), o seu fiel escudeiro vive uma luta interna.

"Trata-se de alguém que está a começar a descobrir que tem estes sentimentos. E Josh faz algo realmente subtil e delicioso com isso. E é isso que tem a sua compensação no final, que não vou revelar. Mas é um momento exclusivamente gay bonito num filme da Disney", acrescentou.

"O estúdio está a enviar uma mensagem de que isto é normal e natural – e esta é uma mensagem que será ouvida em todos os países do mundo, mesmo aqueles em que ainda é socialmente inaceitável ou mesmo ilegal ser gay", concluiu o cineasta.

Por causa deste conteúdo, "A Bela e o Monstro" só poderá ser visto na Rússia por maiores de 16 e a exibição foi cancelada num cinema no Alabama, EUA.

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