"Quero que seja noticiado que me afoguei ao luar, estrangulada pelo meu próprio sutiã." é um dos exemplos da forma sagaz e bem disposta como Carrie Fisher soube encarar e dar a volta a vários excessos da sua vida, as contradições de Hollywood e as consequências de ser uma personagem tão icónica na saga "Star Wars".
A história sobre o seu "fantástico obituário" está numa das suas autobiografias, "Wishful Drinking", publicada em 2008.
Nele, Carrie Fisher relata uma conversa com George Lucas sobre o guarda-roupa de Leia:
"George vem ter comigo no primeiro dia de rodagem e olha para o vestido e diz, "Não podes usar um sutiã por debaixo desse vestido."
"Então, eu digo, "Okay, vou morder o isco. Porquê?"
"E ele responde, "Porque... não existe roupa interior no espaço."
"Garanto-vos que isto é verdade e ele também o diz com muita convicção! Como se tivesse estado no espaço e olhado à volta e não visse em lado nenhum quaisquer sutiãs, cuequinhas ou cuecas."
O criador de "Star Wars" aprofundou o seu ponto de vista quando voltaram a falar do tema uma segunda vez.
"O que acontece é que vais para o espaço e deixas de ter peso. Até agora, tudo bem, certo? Mas então o teu corpo aumenta??? Mas não o teu sutiã — portanto, ficas estrangulada pelo teu próprio sutiã."
Na época, Carrie Fisher ficou siderada com a explicação, mas muitos anos depois mudou de opinião.
"Agora acho que isto daria um obituário fantástico — portanto digo aos meus amigos mais novos que, independentemente do que me aconteça, quero que seja noticiado que me afoguei ao luar, estrangulada pelo meu próprio sutiã.", conformou-se a atriz.
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