A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas vai para os tribunais por causa de um saco de prendas para os principais nomeados dos Óscares.

Foi amplamente divulgado que a empresa de marketing Lash Fary, também conhecida por Distinctive Assets,  especializada em promoção de produtos através da associação a celebridades, tinha preparado com vários empresas um saco de prendas para os principais nomeados aos Óscares no valor de 200 mil dólares, quase 180 mil euros.

O problema é que a Academia diz que não tem qualquer associação com essa iniciativa e "bastante preocupada com a confusão que a Distinctive Assets estava a espalhar", a respetiva assessoria jurídica já tinha informado a empresa em fevereiro de 2015 que era essencial que ninguém fosse levado a acreditar que os sacos de prendas faziam parte de um acordo com a organização que atribui os Óscares.

No entanto, este ano a empresa voltou a insistir e entre as prendas está uma viagem de primeira classe de 10 dias a Israel, uma caminhada de 15 dias pelo Japão e, mais controverso, um brinquedo sexual de "sucção suave e estimulação" e um lift que usa o sangue da própria paciente para conseguir seios mais levantados.

Perante a vasta cobertura na comunicação social "concentrada na natureza menos do que saudável de alguns dos produtos contidos nos sacos" e no "caráter inapropriado de dar prendas de valor tão elevado, incluindo viagens de custam dezenas de milhares de dólares, a um grupo de celebridades de elite", a Academia avançou com um processo judicial por violação de marca registada.

No processo, a empresa é acusada de confundir os consumidores com slogans como "Everyone Wins At The Oscars®! Nominee Gift Bags" [Toda a gente ganha nos sacos de prendas dos nomeados aos Óscares] e "Everyone Wins Nominee Gift Bags in Honor of the Oscars®" [Toda a gente ganha nos sacos de prendas dos nomeados em honra dos Óscares], acrescentando que a cobertura da comunicação social parece indicar que a mesma não está a fazer qualquer esforço para parar a ideia de que existe uma associação.

A Academia defende ainda que o uso continuado das suas marcas registadas não só é uma infração como é "suscetível de diluir o carácter distinto das famosas marcas da Academia e manchar a sua boa imagem".