O grupo britânico Cineworld, a segunda maior rede de cinemas do mundo, anunciou nesta quarta-feira que pedirá falência nos Estados Unidos para reestruturar a sua dívida e tentar encontrar nova liquidez em plena crise dos cinemas, agravada pela pandemia.

"A Cineworld e algumas das suas afiliadas iniciaram um processo de proteção contra falência [Capítulo 11] no tribunal federal de falências do Distrito Sul do Texas", disse o grupo em comunicado publicado na Bolsa de Valores de Londres.

Este procedimento permitirá à Cineworld, "com o apoio esperado dos seus credores garantidos, tentar implementar operações para reforçar as suas contas" e acelerar a sua estratégia, acrescentou.

O grupo está a contar com 1,94 mil milhões de dólares em liquidez dos seus credores para garantir a continuidade das operações durante a sua reestruturação, diz o comunicado.

A Cineworld lembrou que isso significará, como já havia anunciado, uma diluição do valor das suas principais ações, informação que fez os títulos do grupo desabarem há algumas semanas. Desde o início do ano, as ações caíram 87%.