“A espada e a azagaia” sucede a “Mulheres de cinza”, que foi publicado em outubro do ano passado, o primeiro da trilogia que o autor dedica aos derradeiros dias do chamado “Estado de Gaza”, que foi o segundo maior império em África dirigido por um africano, Ngungunyane, ou Gungunhane como ficou conhecido em Portugal.

Gungunhane foi o último dos imperadores que governou toda a metade sul do território da atual República de Moçambique, que foi derrotado em 1895 pelas forças portuguesas comandadas por Mouzinho de Albuquerque. Esta derrota levou Gungunhane a ser preso e deportado para Angra do Heroísmo, onde morreu em 1906. Os seus restos mortais foram trasladados para Moçambique em 1985 por acordo entre os Presidentes Ramalho Eanes e Samora Machel.

“Em ‘A espada e a azagaia’ assistimos – pelos olhos da moçambicana Imani e do sargento português Germano de Melo, que no meio de tão cruenta guerra, lutam para salvar da barbárie a sua paixão – aos últimos episódios decorridos em terra moçambicana: a batalha de Coolela, o assalto a Chaimite e a prisão de Gungunhane e seu transporte para Lourenço Marques”, afirma a Editorial caminho em comunicado.