Natascha Kampusch, 10 anos, no caminho para a escola, é agarrada e arrastada para dentro da carrinha branca de Wolfgang Priklopil, um engenheiro de telecomunicações desempregado. O raptor não queria um resgate, queria apenas apoderar-se da menina. Sob a sua casa, num bairro residencial de classe média, Priklopil construíra uma cela secreta para a aprisionar. O espaço, de 2 por 3 metros, foi a solitária cela de Natascha durante os próximos oito anos e meio: livros de histórias, bolachinhas e um beijo de boa noite serviram para suavizar a violência, a humilhação e a constante privação de alimentos. Mas Natascha Kampusch não se deixou vergar pelo isolamento, que ao invés a reforçou. Cada dia sobrevivido constituiu para Natascha uma pequena e insubordinada vitória. Em 2006, Natascha conseguiu finalmente fugir e Wolfgang Priklopil suicidou-se.