Num enorme e muito alto apartamento de Nova Iorque vive o nosso casal. Estão apaixonados. Ela é pintora, ele um actor de sucesso. Esta é apenas uma tarde normal – excepto pelo facto de não ser uma tarde normal, nem para eles nem para ninguém. Porque amanhã, às 4:44, mais segundo menos segundo, o mundo irá chegar ao fim, muito mais rapidamente do que o pior profeta do apocalipse poderia imaginar. A explosão definitiva chegará com aviso prévio, mas sem qualquer hipótese de fuga. Não haverá sobreviventes. Como de costume, há aqueles que, enquanto acendem os seus últimos cigarros e se recusam a aceitar o óbvio, ainda têm esperança que surja algum tipo de salvação. Um milagre. Não é o caso dos nossos dois amantes. Eles – tal como a maioria da população da Terra – aceitaram o seu destino: o mundo vai acabar.