Julho de 1956. Álvaro Cunhal chega ao Forte de Peniche e é colocado na mais moderna e segura ala penitenciária, considerada à prova de fuga. Apesar do apertado controlo exercido sobre os presos, Álvaro e os camaradas conseguem organizar uma pequena comuna e dar apoio aos detidos mais vulneráreis, enquanto procuram uma forma de escapar. A segurança da prisão foi reforçada após a espetacular fuga de Dias Lourenço, dois anos antes, quando o dirigente comunista saltou do Segredo para o mar, em pleno Inverno, nadando para a liberdade. Álvaro tem consigo seis cadernos, onde regista alguns mais duros episódios da sua vida, como o violento interrogatório ao qual foi sujeito na sua primeira detenção, os dias insanos na solitária ou a morte do irmão mais velho. A rotina na prisão é difícil e repetitiva. Um dia, um dos seus companheiros percebe que há uma vulnerabilidade na segurança do forte, que podem usar para escapar. Dentro e fora da prisão, é posto em marcha um plano de fuga…