A história imperial tem sido contada e reinventada pelo cinema português. "Fantasmas do Império” percorre esse mesmo imaginário, desde o início do século XX, atravessando um século de história cinematográfica. Aos documentários e ficções do passado colonial contrapõem-se filmes e olhares contemporâneos. Viaja-se pela dicotomia entre obras que obedeceram aos ideais do regime, passando a ideia de uma sociedade saudável e próspera nas antigas colónias portuguesas, e obras mais recentes que, com um olhar mais distante e crítico sobre a colonização, contrastam fortemente com os filmes do passado colonial e expõem à luz a discriminação, a opressão e a violência desse período. E é precisamente esse contraste que Ariel de Bigault quis explorar.