Outubro de 2019, Great Yarmouth, Norfolk (Reino Unido). Três meses antes do Brexit. Centenas de imigrantes portugueses continuam a chegar a esta vila costeira semi-abandonada, outrora um destino balnear de eleição para a classe trabalhadora Inglesa, em busca de uma vida melhor. Tânia (a Mãe dos Portugueses), antiga trabalhadora das fábricas, está agora casada com um inglês e lidera uma rede de contratação de mão-de-obra barata vinda de Portugal para trabalhar nas fábricas de peru da região.Numa região com uma das taxas mais altas de desemprego do Reino Unido (onde o voto Leave teve mais de 70%), Tânia vive da exploração dos emigrantes que instala nos decadentes hotéis da marginal (pertencentes ao pai do seu marido) na esperança de um dia vir a adquirir cidadania inglesa e deixar o negócio de alojamento dos imigrantes, transformando os hotéis do seu marido em residências paracidadãos seniores.
“Não sou nada – The Nothingness Club” recebeu 15 nomeações e lidera a corrida para a 13.ª edição dos prémios do cinema português, que serão entregues a 26 de maio.