«História sobre sete mulheres em viagem. O que é irredutível nelas é o seu desejo de mudar o mundo. 'O lugar identifica os seus habitantes e formaliza espacialmente a sua relação como tal, segundo um conjunto de prescrições e proibições, cujo conteúdo é à vez espacial e social: é o lugar do sentido simbolizado’. (Santiago Vila in La escenografia, cine y arquitectura). Pelo contrário, o espaço onde estas mulheres se movem não pode definir-se como espaço de identidade nem de relação. Este é um espaço de trânsito, de ocupações provisórias, do sujeito individualizado. O espaço do viajante e da relação que estabelece com os lugares por onde passa, uma relação de espectador. É a experiência de uma nova solidão directamente ligada á situação espacial. Trata da mulher como um microcosmos absoluto e completo, quase hermafrodita na sua necessidade de isolamento e abandono para assim conseguir uma situação de introspecção. A mulher como corpo expositivo de feitiçaria e altar da contemporaneidade.» João Galante 2002