Em 1496, a princesa Joana, filha dos reis católicos Isabel e Fernando de Castela, viaja para a Frandres para se casar na cidade de Lille com o Arquiduque Felipe da Áustria, filho do imperador Maximiliano e de Maria de Borgonha, cognominado "El Hermoso". Este casamento era inicialmente uma medida política, mas acabou por adiantar-se devido à grande atracção que ambos os cônjuges sentiram um pelo outro. Contudo, o casamento não veio a mudar a personalidade de Felipe, que desde muito cedo estava habituado a "entreter-se" com as damas da corte, facto que Joana suportava com muita dificuldade... À morte de Isabel de Castela em 1504, Joana é nomeada rainha , mas a regência fica entregue a D. Fernando. A fragilidade psicológica de Joana face às aventuras do marido e as pressões exercidas por uma fervilhante conjuntura internacional irão agudizar a sua vulnerabilidade... A ambição de Felipe parecia não ter limites (era já Duque de Borgonha e de Luxemburgo, de Brabante e de Gueldres e Limburgo, Conde do Tirol, de Artois e Flandres) e a partir de 1506, Felipe em confronto com Fernando vai apoiar-se na instabilidade psicológica de Joana para reclamar para si a regência...