Christian vive com a mãe. Assiste-a no seu coma, prolongado por uma máquina que lhe garante as funções vitais. Mas, um dia, Christian não aguenta mais e comete um crime, um acto irreparável. Muito embora tenha desferido um golpe de misericórdia, as consequências legais (mas, sobretudo, morais) do seu acto perturbam-no. Decide, por isso, deixar Montreal e partir em direcção a Radisson, uma vila a 1.500 km a norte, construída em torno de uma grande central eléctrica, mas com apenas 400 habitantes. Lentamente, começa a refazer a sua vida com novos vizinhos, um novo emprego e novos interesses.