O filme de Sokurov retoma o nome de uma divindade a que várias culturas antigas prestavam um culto associado ao sacrifício de crianças. “Quando estávamos a conceber o argumento - um dia das vidas de Eva Braun e Adolph Hitler, no final da Primavera de 1942 - não estávamos muito interessados nos acontecimentos militares, um ano fatal para a Alemanha que terminou com a derrota em Estalinegrado. Estávamos muito mais apaixonados pela história de amor entre dois seres humanos, ou mais precisamente, pelo amor de uma pessoa, já que à outra dificilmente podemos chamar humana. Para um cristão, a possibilidade da salvação é conseguida através do amor. Mas pode uma pessoa salvar a própria alma, amando um monstro?” (Yuri Arabov, argumentista).