António José da Silva, sua mãe Lourença Coutinho e sua mulher Leonor de Carvalho recebem ordem de prisão, acusados do crime de heresia. No interior do Palácio dos Estaus, respondem aos vários interrogatórios que formarão o processo segundo o estabelecido pelos estatutos do Santo Ofício da Inquisição. Os três acusados sabem que a penalidade para os reincidentes em crime de heresia é a pena de morte. No cárcere, António José da Silva recorda sua vida anterior à prisão: a infância, o encontro com Leonor, o primeiro processo, e sobretudo as personagens criadas por ele e representadas no teatro do Bairro Alto. Entretanto, na Corte, Alexandre de Gusmão, secretário do rei, intercede junto a D. João V pelo Judeu, provocando um confronto entre os poderes temporal e espiritual. António José da Silva é queimado em praça pública num auto de fé, a 18 de Outubro de 1739, enquanto se representa no teatro do Bairro Alto a última peça escrita pelo Judeu.