Na República Popular da China, nos anos 70, perto do fim da Revolução Cultural, um homem da cidade é enviado como professor primário para uma aldeia, após vários anos de reeducação no campo. O homem, sem qualquer experiência pedagógica, tenta reproduzir o sistema de ensino oficial, copiando o manual de ensino que aprende de cor. Um dia, Wang Fu, um aluno muito aplicado, que decorou o dicionário, contesta o método do professor. Este inventa uma nova pedagogia baseada numa troca permanente de informações e na liberdade criativa, evitando utilizar o dicionário e inventando o seu próprio vocabulário em função das necessidades. O professor transforma-se, assim, num autêntico Rei das Crianças, o nome pelo qual eram conhecidos na antiga China os professores. Adorado pelos alunos, o homem descobre os tesouros do imaginário e inventa novos ideogramas. As autoridades, porém, acabam rapidamente com aquela nova pedagogia e reenviam o homem para os campos de trabalho.