Pandora é um filme labiríntico. Um filme de paixões, de encontros, desencontros e enganos.Pandora fixa-se na estética do triângulo amoroso, tão francês, para um tratado sobre as paixões da alma, tão eternos como a sua efemeridade. Um amor é eterno até terminar. Mas está aí a sua beleza e o desejo que tão lancinantemente lança aos amantes. Perde-se o raciocínio e a lógica, momentaneamente, durante os breves e intensos momentos em que dura. Por vezes tenta-se prolongar esse prazer na sua antítese. Já não é o amor que nos move, mas o desejo de fugir dele e deixar para trás terra queimada no desespero que perdura na outra parcela da equação. E voltamos de novo a Pandora e à origem de todos os males.