“Como se torna num filme o livro mais sublinhado de sempre? Como se conta a história de um livro que tem nele todas as histórias que o leitor pode encontrar? Como se assume a responsabilidade de apresentar a centenas de milhares de leitores o filme de um dos seus livros preferidos, de um dos livros da sua vida? Quem é suficientemente louco para achar que pode estar à altura de uma das tarefas mais difíceis de sempre: não defraudar o leitor com “o filme” do seu livro preferido? Comecei esta aventura sem ter as respostas para estas perguntas. E continuo sem as ter. No fundo, e vendo bem a situação, porque deveria eu ter medo “de falhar”? Encontrei-me pela primeira vez com a Bárbara e com o Pedro num restaurante no Porto, à frente de uma francesinha. Nervoso? Pois, quem não estaria? Estava a falar com a Bárbara! Finalmente conhecia a fonte de inspiração do Pedro. Pensei: eu também já tive uma Bárbara. Quem me dera voltar a ter uma na minha vida! O dia em que os conheci entrou imediatamente na lista mais marcantes da minha vida. Ao falarmos apercebi-me imediatamente de que seria um enorme desafio conseguirmos transmitir tudo o que este livro verdadeiramente representa através de um filme. Mas não me manifestei nesse sentido, bem pelo contrário. Apenas lhes disse: vamos fazê-lo! E foi assim que tudo começou!” - Alberto Rocco, realizador da metragem