Este filme de culto que não tem cultores, mas bem os merece, tenta renovar o filão da comédia à portuguesa. Em vez de imagem a preto e branco, fados, “bairros típicos” e mulheres de preto, no Portugal de 1966, em formato panorâmico e Orwocolor,
Este filme de culto que não tem cultores, mas bem os merece, tenta renovar o filão da comédia à portuguesa. Em vez de imagem a preto e branco, fados, “bairros típicos” e mulheres de preto, no Portugal de 1966, em formato panorâmico e Orwocolor, António Calvário, involuntário raptor de um bebé (ao entrar por engano num carro igualzinho ao seu), rasga as estradas entre Lisboa e o Porto em companhia de Madalena Iglésias. Naturalmente, fazem umas pausas pelo caminho para cantar pelos campos ou na casa de banho de um hotel. E também há números cantados em palco, por vezes imitando Demy, outras imitando Minnelli.