Um realizador português contrata um actor francês para um filme que vai ser uma co-produção franco-portuguesa. O pai do actor francês, falecido muito jovem, era de origem portuguesa, embora a sua mãe fosse francesa . Durante a rodagem, o actor começa a pensar no seu falecido pai e decide visitar a vila onde ele tinha nascido, na esperança de encontrar a tia ainda viva. O realizador e outros dois actores sugerem acompanhá-lo na viagem, servindo de intérpretes, já que ele não fala português. Durante o caminho, o realizador (Manoel) começa a lembrar-se da sua infância nesta zona de Portugal. É então que menciona uma personagem chamada Pedro Macao, cuja estátua é descoberta junto à berma da estrada e que parece encarnar o destino dos homens na terra: um destino complicado e solitário. Quando chegam à vila, a tia do actor francês parece fria e desconfiada. Está cautelosa quanto a este seu sobrinho há muito desaparecido que nem sequer fala a mesma língua que ela. Também não aceita a presença do realizador nem a dos dois intérpretes que substitui pela sua nora. A tia é tão taciturna que, de forma irritada, o actor francês acaba por puxar as mangas para cima apontando para as veias para lhe explicar que são os dois do mesmo sangue. É nesta altura que Ema - a velha tia - começa a amolecer e os dois tentam lembrar-se o mais possível do pai do actor francês. Discutem também as dificuldades da vida na aldeia e as mudanças avassaladoras que a modernidade tem trazido. Por fim, o sobrinho diz-lhe que gostaria de visitar a campa do seu avô no cemitério local.