Grégoire Canvel tem tudo a seu favor. Uma mulher que ama, três filhas encantadoras, uma profissão que o apaixona. É produtor de filmes. Revelar cineastas, acompanhar os filmes que correspondem à sua ideia de cinema, livre e próximo da vida, eis a sua razão de viver, a sua vocação. Grégoire encontra aí a sua plenitude, e consagra-lhe quase todo o seu tempo e energia. Hiperactivo, nunca pára, excepto aos fins-de-semana, que passa no campo em família: doces parêntesis, tão preciosos quanto frágeis. Com a sua presença e o seu carisma excepcional, Grégoire suscita admiração. Parece invencível. No entanto, a sua prestigiosa sociedade de produção, Moon Films, está periclitante. Produziram-se demasiados filmes, correram-se demasiados riscos, há demasiado passivo; as ameaças tornam-se mais concretas. Mas Grégoire quer continuar a avançar, custe o que custar. Até onde o conduzirá esta fuga para a frente? Um dia, é obrigado a olhar a realidade de frente. Há então uma palavra que surge: fracasso. E um grande cansaço, que vai em breve, secretamente, tomar a forma de desespero.