Nas margens ensaguentadas do Rio do Ouro, uma balada de ciúme, um grande e horrível crime ambientado num meio popular. Um velho casal casa-se. Ela é guarda-cancela, ele é o patrão do barco-draga. Mélita, a sobrinha, cai ao rio, grita por socorro, António salva-a. Carolina morre de ciúmes. Num comboio, um cigano um nadinha vidente, o Zé dos Ouros, quer vender um colar a Mélita. Ai dele, vê o passado da inocente rapariga: numa vida anterior ela teria matado o amante e pintado com sangue dele o quarto do seu amor. Aterrado, Zé foge. Carolina vai atrás dele, rouba-lhe o colar e acaba por se tornar sua amante. Quer que o cigano lhe desvende o segredo, lhe explique o que viu. Enquanto o velho António se sente cada vez mais atraído pela sobrinha, Carolina sonha, vê tudo vermelho de sangue. O Zé já não tem medo de Mélita, quer deixar a amante. A guarda-cancela sente-se traída por todos, vê uma grande faca diante de si...