Numa fantástica interpretação, Brodrick Crawford ganhou, em 1949, o Óscar para Melhor Actor com o seu espectacular retrato do teimoso e antiquado advogado Willie Stark, neste poderoso drama sobre corrupção política e pessoal. Uma crónica sóbria e realista do poder da força, crua e brutal, A Corrupção do Poder é baseado na novela com o mesmo nome, de Robert Penn Warren, vencedora de um Pulitzer. Foi trazido para o ecrã em 1949 pelo produtor Robert Rossen que também escreveu o argumento e realizou o filme. A história foi inspirada na ascenção e queda do sulista Huey Piece Long - o infame "Kingfish" que era o governador da Louisiana e foi senador, uma vez. As tácticas astutas de Long para conquistar o público resultaram durante a depressão, para servir as suas próprias necessidades, mais do que as dos seus constituintes e que, eventualmente, levaram ao seu assassinato em 1935. Uma história atractiva de um político que subiu pelas suas próprias mãos e criou um estilo muito próprio. E foi a política que quase impediu Rossen de fazer o filme, logo de início, quando ele foi chamado pelo Comité da Casa Branca sobre Actividades Não Americanas, em 1947, por ter simpatia com Comunistas. A negação de Rossen sobre o seu chefe na Columbia, Harry Cohn, permite-lhe que continue a trabalhar no filme; mas o seu antigo radicalismo, acaba por emergir e Rossen fez apenas mais um filme (The Brave Bulls) nos próximos cinco anos. Independentemente disso, A Corrupção do Poder permanece uma referência no filme político, com fantásticas interpretações. John Ireland ganhou uma nomeação para um Óscar pelo seu papel como o braço direito de Stark, enquanto Mercedes McCambrifge ganhou o Óscar para Melhor Actriz Secundária, pelo papel de Sadie Burke, a astuta e conivente secretária política de Stark. Para além disso, o filme ganhou o Óscar para o Melhor Filme, juntamente com nomeações para a Realização, Argumento e Edição.