Os vencedores do Óscar para Melhor Filme reúnem algumas das películas que se tornaram emblemáticas na história da Sétima Arte, como "E Tudo o Vento Levou", "Casablanca" ou "Música no Coração", mas também obras inesperadas que o galardão ajudou a colocar na imaginário coletivo, como "O Cowboy da Meia-Noite" e "O Silêncio dos Inocentes".

A categoria de Melhor Filme é a única em que todos os membros da Academia votam não só na atribuição do prémio final (como sucede em todas as categorias, exceto nos documentários, curtas-metragens e filme internacional) mas também nas próprias nomeações, que nos outros casos são da exclusividade dos membros do respetivo ramo profissional na Academia (os argumentistas votam nos nomeados para Melhor Argumento Adaptado e Original, os realizadores votam nos nomeados para Melhor Realizador e por aí fora).

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O prémio é atribuído aos produtores e todos os filmes estreados em Los Angeles no respetivo ano podem concorrer, mesmo se não forem total ou maioritariamente falados em inglês, caso que já aconteceu 14 vezes: "A Grande Ilusão" (1938), "Z – A Orgia do Poder" (1969), "Os Emigrantes" (1972), "Lágrimas e Suspiros" (1973), "O Carteiro de Pablo Neruda" (1995), "A Vida é Bela" (1998), "O Tigre e o Dragão" (2000), "Cartas de Iwo Jima" (2007), "Amor" (2013), "Roma" (2019), "Parasitas" (2020), "Drive My Car" (2022), "A Oeste Nada de Novo" (2023), "Anatomia de Um Golpe" (2024) e "A Zona de Interesse" (2024),  isto para além de "O Artista", que venceu em 2012, e era um filme francês embora os diálogos - em intertítulos - fossem todos em inglês, e de “Minari” e "Vidas Passadas", nomeados em 2021 e 2024, de produção americana mas com uma grande parcela falada em coreano. E foi em 2020 que precisamente o sul-coreano “Parasitas” fez história ao ser a primeira película não falada em inglês a ganhar o Óscar de Melhor Filme.

Há dois anos, “CODA – No Ritmo do Coração” tornou-se o primeiro filme a vencer esta categoria a ser distribuído não da forma tradicional em sala de cinema, mas sim maioritariamente por via de uma plataforma de streaming, no caso a Apple TV+.

Também é possível a animação chegar ao top da Academia, embora isso só tenha sucedido três vezes, em 1992, com "A Bela e o Monstro", em 2010, com "Up - Altamente!" e em 2011 com "Toy Story 3".

Foi só em 1944 que as nomeações estabilizaram nas cinco por ano, com os anos anteriores a contabilizarem mais do dobro das designações, com o recorde de 12 películas nomeadas para Melhor Filme em 1934 e 1935. Só em 2010 é que as nomeações subiram de cinco para até 10 na categoria de Melhor Filme, passando a ser de precisamente 10 em 2022.

Os Óscares começaram a ser atribuídos na transição do cinema mudo para o sonoro, e por isso, oficialmente, só houve um filme mudo a vencer na categoria principal: "Asas", de William Wellman, no primeiro ano em que foram atribuídos prémios, em 1928. Oficialmente, porque, na verdade, nessa primeira edição, o prémio estava dividido em Melhor Produção (cujo vencedor foi "Asas") e Produção de Maior Qualidade Artística (cujo vencedor foi "Aurora", de F.W.Murnau). Além disso, em 2012, "O Artista", um filme sem diálogos mas com banda sonora síncrona e alguns efeitos sonoros, que homenageava precisamente o cinema mudo, também conseguiu conquistar o troféu principal.

No ano seguinte, o galardão unificou-se, passando a centrar-se genericamente na Melhor Produção e considerando a Academia que, nessa cerimónia inicial, "Asas" ganhou o equivalente a esse troféu.

A alteração propriamente dita para Melhor Filme deu-se logo em 1931.

Em 2017, surgiu pela primeira vez um lapso: um troca de envelopes levou os apresentadores Warren Beatty e Faye Dunaway a anunciarem "La La Land: Melodia de Amor" quando o vencedor era "Moonlight".

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