Um filme de Joana Botelho
Ela viajou três vezes até à última paragem da Linha F do metropolitano. Cada uma como se fosse a primeira vez. Encontrou uma Disneylandia descarnada, só pele, osso e memórias. Lembrou-se de Dorothy e do seu cão também. Sentiu na pele o mar como se tivesse sabor e descobriu novos paladares como quem mergulha na água gelada. Agora, tem medo de que tudo desapareça como uma onda que vai e já não volta. Eu, ao contrário dela, nunca cheguei ao final da Linha F do metropolitano. Mas consigo ver, ouvir, sentir. E vocês?