Um barman divorciado, uma actriz anónima casada com um motorista de táxi, têm uma súbita relação sexual. Ela não pede nada. Vai vê-lo todas as semanas. Ele, vai tentar saber mais sobre ela. Os amigos e famílias de cada um serão, infelizmente para eles, actores, na sua aventura. A forma como estes dois seres se encontram e se amam ficará para os anais. Não por ser excepcional. Os amores improváveis acontecem todos os dias. Mas porque é mostrada na crueldade da sua repetição. Um olhar, um silêncio, uma mão que se atreve e depois foge. Com uma esplêndida coreografia de gestos de amor, mas sem pose, sem ralenti, para que a câmara esteja no meio dessa intimidade que se despe. É tudo. Não devíamos estar lá, nós espectadores, mas estamos. E vemos o que vêem as paredes das alcovas.