Nova Iorque, República Dominicana, nos anos 50. Madrid, País Basco, Miami e República Dominicana, anos 80. São estes os cenários e as épocas em que decorre «O Mistério de Galíndez», um filme que mistura realidade e ficção, personagens vivas e mortas, para contar e denunciar a estratégia norte-americana de apoio, mais ou menos camuflado, mais ou menos legal, às ditaduras da América Latina e aos seus crimes. No final dos anos 80, Muriel Colbert, uma cidadã norte-americana, chega a Espanha para trabalhar na sua tese de doutoramento. Uma tese em História sobre a figura de Jesús Galíndez, um político basco exilado nos Estados Unidos, depois da Guerra Civil e que, em 1956, desaparece em estranhas circunstâncias. Em Espanha, Muriel contacta um velho escritor também exilado e é ele que a põe no encalço das últimas pessoas que viram Galíndez com vida. E assim começa uma investigação que abandona o âmbito académico para se tornar política. E no seu curso, os responsáveis da morte de Galíndez tudo farão para deter a jovem universitária antes que ela denuncie o que verdadeiramente aconteceu. Madrid, o País Basco, a República Dominica e Miami são os locais por onde Muriel passará no decorrer da investigação, movida não só pela paixão de historiadora, mas também cada vez mais por emoções e sentimentos que ela acreditava já estarem enterrados.
