Em 1872, Eça de Queiroz é nomeado Cônsul em Havana por um novo governo português de carácter mais liberal e parte com o objetivo de enfrentar as autoridades locais em defesa dos trabalhadores chineses que são atraídos para plantações de cana de açúcar, mas acabam explorados e escravizados.
“O Nosso Cônsul em Havana” é uma ficção que se inspira livremente no período em que Eça de Queiroz foi Cônsul de Portugal nas Antilhas espanholas. Seguimos a história de Lô, uma menina chinesa que embarca clandestinamente para Cuba e que é ajudada por um marinheiro de bom coração, Castellano, que a entrega às freiras do Convento de Santa Clara. Para ajudarem Lô a escapar das garras do grande escravocrata da Ilha, Don Zulueta, vão convergir pessoas de bem e defensoras da liberdade: o jornalista e livre-pensador Vicente Torradellas; D. Antónia Morales, proprietária de terras; a Madre Filomena; o próprio Eça de Queiroz e o seu amigo Juan, um rapazito engraxador cheio de manhas e artimanhas necessárias à sobrevivência numa cidade como Havana.
Durante o tempo em que aí está, Eça não deixa por mãos alheias os seus méritos de sedutor e vive um amor
escaldante com Mollie, filha do General americano Robert Bidwell (que viremos a descobrir ser traficante de armas), uma jovem moderna e apaixonada que se sente tão à vontade à mesa do póquer como no jogo da sedução.