Uma aspirante a atriz britânica, que acusou Harvey Weinstein de "tráfico sexual", culpou esta terça-feira (28) os que rodeavam o produtor, entre eles um certo membro da sua equipa, que segundo ela, fez vista grossa às suas ações.

Kadian Noble afirmou numa entrevista coletiva, num hotel de Nova Iorque, ter confidenciado, em maio de 2016 a uma assistente do magnata de Hollywood, que tinha sido agredida sexualmente dois anos antes, em Cannes, durante o festival de cinema.

"Ela ficou a tentar garantir-me que ele era um homem bom, que se tinha portado bem com ela", declarou a jovem de origem jamaicana, atualmente residente britânica.

"Disse-me que escrevesse uma carta", para explicar "tudo isso que [sentia] e que ela se asseguraria que a carta chegaria" ao produtor.

Kadian Noble, de 31 anos, disse ter percebido que "este homem tinha muitos muros à sua volta" e não escreveu a  carta.

Não houve resposta à queixa ou reparação pelos danos.

Esta é a primeira vez que uma suposta vítima aponta diretamente uma pessoa da equipa profissional de Harvey Weinstein, embora outras tenham mencionado ter sido deixadas voluntariamente sozinhas com o produtor em quartos de hotel.

Contactada pela AFP, a ex-colaboradora de Weinstein, que já não faz parte da companhia do produtor, não respondeu.

Kadian Noble processou Harvey Weinstein civilmente em Nova Iorque por "tráfico sexual", uma categoria jurídica que pode estar relacionada com atos cometidos por cidadãos americanos fora dos Estados Unidos.

O advogado da alegada vítima disse que ela daria conhecimento dos factos às autoridades francesas que são competentes em matéria penal porque o incidente ocorreu em Cannes.

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