Perseguido pela justiça dos Estados Unidos há 40 anos devido à violação de uma adolescente de 13 anos, Roman Polanski, de 83 anos e com nacionalidade francesa e polaca, anunciou a 24 de janeiro que renunciava presidir a próxima edição dos prémios César.

"O conselho da Academia dos César decidiu que não haverá presidente" na cerimónia, disse o presidente da Academia, Alain Terzian, num almoço com os 177 nomeados aos prémios.

Pouco depois do anúncio da presidência de Polanski, em janeiro, surgiu nas nas redes sociais uma petição com dezenas de milhares de assinaturas pelo boicote da cerimónia.

"A escolha de Roman Polanski é uma afronta indigna a várias vítimas de violação e de agressões sexuais", afirmou a organização "Osez le féminisme".

A ministra dos Direitos das Mulheres, Laurence Rossignol, qualificou a escolha do cineasta de "surpreendente e chocante".

Polanski denunciou uma polémica "injustificada" e "alimentada por informação errónea", mas finalmente decidiu "não aceitar o convite" para presidir a cerimónia.

Segundo o seu advogado, Hervé Témime, esta polémica "entristeceu profundamente Roman Polanski e afetou a sua família".

O cineasta, que obteve a nacionalidade francesa em 1976, vive em França com a mulher, a atriz Emmanuelle Seigner.

Realizador de filmes como "A Repulsa", "O Pianista" e "Chinatown", Polanski não voltou aos Estados Unidos desde 1978, quando fugiu do país após o caso de agressão sexual.

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