Bob Dylan surpreendeu os fãs ao criar esta terça-feira, dia 14 de janeiro, uma conta no TikTok. Na rede social, o músico publicou, para já, apenas um vídeo.

Na publicação, os seguidores são convidados a "explorar o mundo de Bob Dylan, agora no TikTok". O vídeo conta com vários excertos de videoclipes, fotografias e imagens das capas dos álbum.

Os temas "Like a Rolling Stone", "Knockin’ on Heaven’s Door" e "Hurricane" foram os escolhidos para a banda sonora do vídeo.

A criação da conta de TikTok de Bod Dylan surpreendeu os fãs, que lembraram o músico que a plataforma de entretenimento deverá ser banida dos Estados Unidos no próxima fim de semana.

O TikTok, propriedade da empresa chinesa ByteDance, classificou esta semana como “pura ficção” a possibilidade de a plataforma de partilha de vídeos curtos ser vendida a Elon Musk, caso o Supremo Tribunal dos Estados Unidos decrete o seu encerramento.

“Não se pode esperar que façamos comentários sobre algo que é pura ficção”, reagiu a empresa, num comentário citado pela agência de notícias Efe.

A reação surge após a agência Bloomberg ter avançado que as autoridades chinesas estão a avaliar como “possível opção” a aquisição das operações do TikTok nos EUA pelo magnata norte-americano Elon Musk, dono da rede social X, e que fará parte da administração de Donald Trump.

Esta possibilidade surge, segundo a Bloomberg, que cita fontes próximas do processo, se

e o TikTok não conseguir contornar a sua proibição nos EUA, enquanto se aguarda uma decisão do Supremo Tribunal sobre a manutenção de uma lei que pode encerrar a rede social no país se a ‘app’ não se separar da sua casa-mãe, a ByteDance, até 19 de janeiro, como estipula a norma.

O regulamento, aprovado pelo Congresso norte-americano em abril passado, dava à chinesa ByteDance nove meses para encontrar um investidor de um país que não fosse considerado “adversário” dos Estados Unidos.

Os legisladores norte-americanos justificaram a decisão argumentando que a plataforma representa uma ameaça para a segurança nacional devido à possibilidade de o Governo chinês ter acesso aos dados dos utilizadores.

A China criticou repetidamente "a repressão” dos EUA ao TikTok, afirmando que se trata de “uma tática de intimidação” que acabará por “sair pela culatra” aos EUA.

O encerramento do TikTok nos EUA pode ocorrer apenas um dia antes do regresso de Trump ao cargo, a 20 de janeiro.

Enquanto no primeiro mandato (2017-2021) o republicano tentou proibir a rede social, desta vez pediu ao Supremo Tribunal dos EUA que impedisse a entrada em vigor da lei até à tomada de posse, depois de ter prometido na campanha que iria “salvar o TikTok”.